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terça-feira, 26 de novembro de 2013

Eis que jazes.




As estrelas explodiam como fogos de artifício mesmo depois de mortas,
era tua falta lúgubre na festa da melancolia alcoólica, um choro pesado tal,
que escorria chumbo das minha órbitas, era um passado tal que minhas unhas
cresciam para dentro encravando a alma no fêmur, e o fêmur no que fomos, húmus.

Derramei amor por acidente no seu vestido novo, no seu cabelo novo, na sua unha nova,
no seu sorriso só, na sua boca, não derramei no âmago,
mas babei por cada gota do seu corpo que não cabia no meu copo,
                                          eis que jazes como surge a morte, mas não foges como chega tarde.

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