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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Tempo

A fim de que não fosse embora flor
deixando florido meu foco,
pintei no quadro dos olhos poucos,
que fossem mais atentos a medir palmos
entre um abraço e outro.


Quando me afogo num lábio
passível de um sorriso largo,
é quase um afago aos olhos
por teus possíveis dados
beijos fatalmente afetivos.


Se é que me cabe
jazi um desejo que encaixe
antes que me queixe
da situação desproposita,
me feche ou me abra a porta,
me mostre ou me cale a boca.


O que se tem a dar do tempo
no que já é de fato obsoleto?
como a vontade atrasada
degustando cada ato do
teu elemento, divagando seu
movimento a cada estado da tua palavra.


Se eu não posso revolver
já me envolve em ter platônico
o que já tenho a outro ser presente,
e exceder paralelo a outro ser anônimo,
entender que é teso cometer o imenso
mensurando os meios.

3 comentários:

  1. ARTISTA! =)


    Parabéns viu, dá para sentir a sensibilidade que embala cada palavra!

    Muito bonito!

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  2. falta o ar, de tão forte
    se expressou muito bem nas palavras..
    vc é show......
    muito bom..

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  3. Meu amigo, vai te lascar. Que texto bom da preula...

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